A irrefutabilidade do livre-arbítrio
Qualquer pessoa que crê em Jesus torna-se um dos escolhidos de Deus, pois somos eleitos em Cristo (Ef 1.4). Em Mateus 22.1-14, vemos que todos os convidados foram “chamados”; porém “escolhidos” foram os que aceitaram o convite do rei. No versículo 14, a expressão “muitos são chamados, mas poucos escolhidos” revela, portanto, que das multidões que ouvem o evangelho apenas uma pequena parte crê em Cristo e o segue.
Deus elegeu a si um povo chamado Igreja, e não indivíduos, isoladamente. Somos predestinados porque somos parte da Igreja de Deus; não somos parte da Igreja porque fomos antes, individualmente, predestinados. Se, na Igreja, como Corpo de Cristo, alguém individualmente se desvia, e não volta, a eleição da Igreja não se altera.
De igual modo foi a eleição de Israel. O Senhor elegeu aquele povo para si; não indivíduos de per si. É tanto que milhares de israelitas se desviaram, porém a eleição de Israel, como povo, prosseguiu.
A livre-escolha do homem é uma realidade incontestável. A Bíblia acentua a cada passo a responsabilidade do homem no tocante à sua salvação. Deus oferece a salvação e, mediante o seu Espírito, convence o pecador do seu pecado, da justiça e do juízo. O homem aceita a salvação ou rejeita-a (Is 1.19,20; Js 24.15; Dt 30.19; Jo 1.11,12; 3.15,16,19; Ap 22.17; Lc 13.34; At 7.51; 1 Rs 18.21; 1 Tm 4.1; 2 Cr 15.2; Mc 16.16; Hb 2.3; 3.12; 12.25).
Não existe graça irresistível. O homem através dos tempos tem resistido a Deus, por suas incredulidade e rebeldia (At 7.51; 1 Ts 5.19; Pv 1.23-30; Mt 23.37; 2 Pe 2.21; Hb 6.6,7; Tg 5.19). A ação do Espírito Santo no pecador, para que se salve, é persuasiva, e não compulsória (2 Co 5.11).
Ciro Sanches Zibordi
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