domingo, 31 de janeiro de 2010

Estamos em Guerra

Tiros passam sobre nossas cabeças e sobre nossos companheiros que foram resgatar os feridos. Eles não podem fazer muita coisa: caso mexam-se, serão atingidos. "Atiradores por todos os lados!" - eles gritam, nos pedindo ajuda.
Nós sabemos que se não avançarmos o inimigo não atacará. Por isso continuamos entrincheirados, acomodados. Tapamos nossos ouvidos para, por um momento, pensar que a guerra não existe, que é apenas uma ilusão.

Olho para o campo onde estão nossos colegas. Há poucos projéteis que saem do nosso lado para defendê-los, mas eles continuam atendendo os feridos, mesmo que muitas vezes também estejam feridos, e a lutar defendendo seus irmãos de batalha.

Tenho vontade de ajudá-los e talvez até ir em seu socorro, mas... mas...

Tiros saem de minha arma. Levanto-me e corro até eles, olhando para os lados e vendo mais irmãos que saem da trincheira comigo. O inimigo revida e aumenta seu ataque. Parece que vem com força total em minha direção! AHH, EU PRECISO DE COBERTURA!

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Este texto lembra muito a minha infância, quando brincava de "arminha" nos fundos da minha casa. Mas o que eu gostaria de dizes é que nós vivemos em uma guerra. Agora indo para o Projeto Missionário Arroio dos Ratos-RS, estaremos indo "resgatar os feridos" e o inimigo vai atirar em nós, vai procurar nos ferir e amedrontar. É por isso que que você nos ajude e nos dê cobertura de oração, repreendendo o inimigo, Satanás, em nome de Jesus, para que a obra de Deus possa acontecer lá e vidas sejam curadas e libertas.

Então, ore por nós lá no projeto, por toda equipe em Arroio dos Ratos, também pelos acampamentos no Acamp-Serra e no Acampamento Quest, onde irmãos aqui da comunidade estão demonstrando o amor de Deus a tantos jovens, adolescentes e crianças.


Abraço,

Carlos Timm Bonow

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O Eu, o Nós e a Autoestima

Vivemos um tempo em que as pessoas se amam. Um fenômeno de dimensão sem precedente na história do ocidente.

A expressão “ auto estima”, como justificativa politicamente correta ou objetivo universalmente aceito para qualquer ação, está presente em cada conversa de cafezinho, em programas pedagógicos, no planejamento governamental, na boca de políticos e até de quem não sabe o que dizer. Você precisa de um bom motivo para justificar o que deseja fazer? Diga que faz bem à sua auto estima; que você se ama.

Entre os crentes, a expressão já foi justificada biblicamente e aceita, sem receio de mundanismo: para amar o meu próximo como a mim mesmo, preciso primeiro amar a mim mesmo. Amar ao próximo, portanto, requer auto estima.

Acho positiva essa moderna preocupação com a saúde do “eu”. Em especial, quando ela se materializa na cultura da saúde: na onda do fitness (malhação em academias) para qualquer idade, nas caminhadas, na hidroginástica, na comida saudável, na dieta da moda, nos spas, nas grelhas que eliminam a gordura, nos cereais matinais, nos iogurtes com bacilos, nos complexos vitamínicos, no consumo de fibras, na redução de colesterol, nos três litros de água por dia etc.

Essa moda traz também o cuidado com a mente e com o “eu espiritual”. Surgem, então, os livros de auto ajuda, as revistas especializadas em bem-estar e forma física e mental; os gurus do anti-estresse, os mentores espirituais, os psicólogos pessoais (personal shrinks), conselheiros financeiros etc.

Não é difícil de notar que toda essa preocupação com a saúde vem sendo incorporada pelas novas gerações como estilo de vida. Chega a assumir a força de religião. Por exemplo, uma caminhada no parque, hoje, é uma desculpa aceitável para recusar uma hora-extra. Diga que esse cuidado que pretende ter consigo mesmo já estava agendado. Já no limite do aceitável, você pode justificar a falta a um casamento dizendo que tem trauma de casamentos à tarde. Bem, talvez compreendam que você está cuidando de sua auto estima. Trauma é uma palavra da moda. Vale tudo para evitar.

O lado saudável disso tudo não deve, no entanto, nos encobrir uma sutil ameaça ao cristianismo: a confusão entre auto-estima e egoísmo. Nos dois casos, estou investindo em mim mesmo. Mas o “ego-ismo”, significando “eu-ismo”, tende a me afastar dos outros, levando-me a um individualismo que me separa dos outros, que me isola. Temo que, em poucos anos, se tivermos que escolher entre “nós” e “eu”, o “eu” ganhe todas. Temo que a auto estima se fortaleça às custas da solidariedade. E que esse “eu” se transforme em um dragão que devore a caridade; devore aquele amor altruísta que se faz pão e vinho e se derrama em serviço, em lava-pés.

Talvez eu esteja exagerando em meus temores. Queira Deus! Mas tenho orado, nesse sentido, por nossa igreja. Peço que a hipertrofia do nosso “eu” não nos conduza à transgressão. Peço por discernimento. Peço que aprendamos a cuidar de nós mesmos sem esquecer o ensino de Jesus: “se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24).

Fonte: www.amorese.com.br

Que Papai abençoe a todos
Missionário Adilson

LI E RECOMENDO! - Livro: Oração - Ela faz alguma diferença?

Livro: Oração - Ela faz alguma diferença?
Autor: Philip Yancey
Editora Vida
434 páginas

Síntese:
Neste que é um de seus livros mais instigantes, Philip Yancey investiga um dos aspectos que medem com precisão a temperatura do nosso relacionamento com Deus: a oração. Escrevendo sobre oração como peregrino, não como especialista, o autor faz as indagações que todos nós fazemos em algum momento da vida:

Deus está ouvindo? Por que Deus se interessaria por mim? Se Deus sabe de tudo, por que orar? Por que as respostas à oração parecem tão inconstantes, até caprichosas? A oração realmente ajuda na cura física? Por que Deus às vezes parece tão próximo e outras vezes tão distante? A oração faz Deus mudar de idéia ou muda a mim mesmo?

“Se a oração é o lugar em que Deus e os seres humanos se encontram, então devemos aprender sobre a oração. A maior parte das lutas na vida cristã gira em torno de dois problemas iguais: por que Deus não age do jeito que queremos e por que não ajo do jeito que Deus quer? A oração é o ponto exato para onde esses temas convergem.”

Que Papai abençoe a todos
Missionário Adilson

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Fé na Fé e Fé em Deus

Fé na fé e fé em Deus são duas coisas bem diferentes. Até o ateu pode ter fé na fé, mas nunca fé em Deus, pelo menos enquanto não se converter. O crente pode ter fé na fé e fé em Deus, mas está sujeito a confundir uma coisa com a outra.

A fé na fé é um exercício puramente mental, capaz de produzir acontecimentos desejáveis e resultados práticos. A fé na fé pode até envolver o nome de Deus, mas continua sendo apenas fé na fé e não fé em Deus. A fé em Deus é um exercício espiritual e mental e produz antes de tudo paz de espírito (Fp 4.7). Por meio da fé em Deus o difícil e o impossível tornam-se possíveis (Mt 19.26).

Aquele que tem fé na fé diz: “Tudo posso”. O que tem fé em Deus exclama “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13). A fé na fé exalta a pessoa do homem. A fé em Deus exalta a pessoa de Deus.

A fé na fé não tem ética. É individualista, egoísta e consumista. Não reconhece necessariamente a soberania de Deus e muito menos a sua glória. Não se importa com a construção e a plenitude do Reino de Deus. É uma fé de competição, ligada à lei do mais forte. Não leva em consideração o próximo, e menos ainda o inimigo. Acha tolice amar o próximo e loucura amar o inimigo. Tanto esse como aquele são seus concorrentes e devem ser eliminados pelo tamanho e pela manutenção da fé na fé.

A fé em Deus é contida e aperfeiçoada pelo compromisso cristão. Não é uma fé livre para pedir e buscar apenas benefícios próprios, mas também o que é dos outros (Fp 2.4) e especialmente o que é de Cristo Jesus (Fp 2.21).

A fé na fé é secularista e materialista. Só pensam nas coisas que são aqui da terra e não nas que são lá do alto (Cl 3.1-3). Só se preocupa com o verbo ter e nunca com o verbo ser. A fé Deus envolve o pão de cada dia e a vinda do reino dos céus (Mt 6.9-13). Não pede abastança mas o necessário. Não está presa exclusivamente ao aqui e ao agora. Ela avança no tempo e no espaço.

A fé na fé focaliza a prosperidade física, social e econômica. Não pensa em mais nada, senão em saúde, vida prolongada, melhores comidas, melhores roupas, melhores aparelhos domésticos, melhores carros, riqueza e sucesso. A fé em Deus focaliza a prosperidade da alma, a vitória sobre o pecado, a vitória sobre as circunstâncias, a vitória sobre os obstáculos, a vitória da virtude, a vitória de Jesus Cristo e a plenitude da glória de Deus.

A fé na fé reclama, exige, impõe. A fé em Deus apenas coloca diante do trono a graça os seus pedidos com perseverança e com ações de graça (Fp 4.6). A fé na fé é a técnica da auto-ajuda, através de vários expedientes, tais como a reprogramação do cérebro (neurolingüística), a negação mental de um problema (pensamento positivo), a prática da meditação (ioga) e outros.

A fé em Deus é a colocação de todos os desejos, de todas as necessidades e de todos os desafios nas mãos de Deus para obter a ajuda divina. Esse exercício é galardoado por Deus e torna possível a realização de muitas coisas difíceis ou mesmo impossíveis, através da bênçãos da direção e das manifestações do poder de Deus.

O que Deus faz através da fé colocada nele pode se ver na galeria das celebridades a fé, no capitulo décimo primeiro da Epístola aos Hebreus. Atribui-se à fé em Deus não só a realização de milagres (o nascimento de Isaque, a travessia do Mar Vermelho e a ressurreição do filho da viúva de Sarepta), mas também a obtenção de extraordinárias vitórias sem a realização de milagres (a construção da arca de Noé, a saída de Abraão para uma terra que Deus mostraria no devido tempo, a recusa de Moisés de ser chamado filho da filha de Faraó e a coragem de muitos de passar pela prova de escárnios e açoites).

Algo muito grave e sutil está acontecendo em certos setores da igreja protestante influenciados pela Teologia da Prosperidade. Trata-se da chamada Confissão Positiva, que nada mais é do que uma versão religiosa da fé na fé. A técnica da Confissão Positiva é igualzinha a técnica usada por todos os mestres da auto-ajuda. “Faça com que cada pensamento e desejo afirme que você recebeu aquilo que pediu. Nunca permita que um quadro mental do fracasso permaneça na sua mente. Nunca duvide, nem sequer por um momento, de que você recebeu a resposta... Erradique todo quadro mental, sugestão, sentimento ou pensamento que não contribuam para a sua fé” (Kenneth Hagin, citado por Alan B. Pieratt, em O Evangelho da Prosperidade, p. 78).

Fonte: Christianity Today, 16/8/1993, p. 38

Que Papai abençoe a todos
Missionário Adilson

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Religião ou Evangelho?

Há muitas religiões, mas um só Evangelho.

Existe uma enorme diferença entre Religião e Evangelho:

1. A religião é esforço, é obra do ser humano - O Evangelho é presente gratuito de Deus

2. A religião é “o que o ser humano pode fazer por Deus” - Evangelho é o que Deus fez e faz pelo ser humano

3. A religião é o ser humano em busca de Deus - Evangelho é Deus em busca do ser humano

4. A religião consiste em o ser humano tentar subir a escada de sua própria justiça, na esperança de, um dia, alcançar a Deus - O Evangelho é o anúncio escancarado e alegre que Deus, através da encarnação de Jesus Cristo, desce a escada, que ali nos encontra, abaixo do primeiro degrau, assim, perdoando nossos pecados

5. A religião é a boa vontade - Evangelho é Boas Novas

6. A religião consiste de bons conselhos - O Evangelho é anúncio incondicional e glorioso
do amor de Deus

7. A religião deixa o coração do ser humano intocável - O Evangelho encontra o ser humano no estado natural e o transforma naquilo que Deus quer que seja

8. Religião é cumprimento de um código de ética, é escravidão - Evangelho é comunhão com Cristo Jesus, é liberdade

9. A religião reforma o exterior - O Evangelho transforma o interior

10. A religião limpa a superfície - O Evangelho limpa por dentro

11. Há muitas religiões - Mas, há um só Deus verdadeiro - o Pai de Jesus Cristo

Sua fé: consiste de religião ou de Evangelho?

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Encontrei este texto na net e considerei profundamente precioso para ser compartilhado entre os irmãos.
Desconheço o autor.

Que Papai abençoe a todos
Missionário Adilson

domingo, 3 de janeiro de 2010

LI E RECOMENDO! - Livro: Janelas Para a Vida

Livro: Janelas para a vida
Autor: Ricardo Barbosa
Encontro Publicações
172 páginas

Descrição: Temos testemunhado, entre os evangélicos, um crescente movimento de retorno às fontes e tradições mais antigas da espiritualidade cristã. Esse movimento, certamente será de vital importância para o futuro da igreja no Brasil e no mundo. Ao encontrar o homem e a mulher na sua dimensão mais profunda, mais íntima, para falar ao coração e promover a transcendência e os vínculos afetivos, a espiritualidade clássica se contrapõe ao fenômeno religioso de massas, com ênfase na instituição, na mídia, no gerenciamento e no marketing. Coma erudição de um teólogo bem informado e a sensibilidade de um poeta, Ricardo Barbosa deixa-se levar confiantemente pela Palavra e pelo Espírito para ser transformado e para alcançar o desejo último do fiel: um encontro com o Pai, mediado pelo Filho, na inspiração do Espírito. O autor discorre sobre este tema com a autoridade de quem primeiro viveu aquilo que escreveu. Janelas Para a Vida é uma contribuição inestimável para quem quer lançar-se na suprema aventura humana de conhecer a Deus, ser conhecido por Ele, conhecer a si mesmo e ao seu próximo. é um livro que , ao lado das Escrituras, é para ser lido meditativamente, com calma, recolhidamente. é para os peregrinos e caminhantes que procuram os sinais da presença amorosa de Deus entre os homens e se dispõem a segui-los com simplicidade, integridade e paixão.

Que papai abençoe a todos
Missionário Adilson