quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A dimensão moral da ansiedade

Há uma dimensão moral na ansiedade. Observe que Cristo apresenta como mandamento o chamado a não permitir que a ansiedade domine o coração dos seus discípulos: "... não andeis ansiosos pela vossa vida...". A conexão entre o verso 25 e os anteriores é muito clara. No verso 24, por exemplo, Cristo fala de um homem divido entre o amor a Deus e o amor às riquezas, mostrando a completa impossibilidade de uma pessoa servir a dois deuses ao mesmo tempo. Lá está aquela pessoa exprimida entre o desejo de servir a Deus e o desejo de servir ao dinheiro. Uma escolha que desagradará a um deles terá que ser feita, pois tanto o dinheiro quanto Deus fazem exigências diametralmente opostas à alma. Deus quer que o ser humano prospere, acima de tudo, no campo do ser. O dinheiro só reconhece a prosperidade do ter. No reino de Deus vale quem é. No reino do dinheiro vale quem tem. Deus manda dar dinheiro e dele debochar. O dinheiro exige acúmulo e respeito. Acontece que o dinheiro possui certas vantagens em relação a Deus. Tal como Deus o dinheiro apresenta atributos de divindade. Faz promessas que o Deus cristão faz ao homem. Poder, fama e segurança são algumas das promessas que ele faz aos que prostrados o adorarem. O que o torna mais atraente como fonte de segurança é o fato de ele parecer mais concreto. Você pode tocá-lo. Uma vez que você o tenha poderá acioná-lo a qualquer hora. A escolha por uma dedicação integral de vida a ele é inevitável para aquele que não confia o suficiente no caráter de Deus. Esse é o ponto: quando não se confia no caráter de Deus vive-se em função de um ídolo que ofereça proteção, o que conduz inevitavelmente à ansiedade. É por isso que pessoas passam por cima de tudo e de todos por causa de dinheiro, e quando se vêem no meio de uma crise econômica, enfartam.

Fonte: www.palavraplena.com.br

Que Papai abençoe a todos
Missionário Adilson

Um comentário:

Leonardo disse...

Muito bom o texto. Me lembrei de dois artigos que li nas últimas edições da Ultimato, o primeiro deles do Ricardo Barbosa, com o o título o Rivotril e a Oração, onde ele denomina a oração como um antídoto divino contra para a ansiedade. O outro, do Rubem Amorese, tem como título o Mercado e a família, onde é tratada a questão das novelas, que o autor denominada como "a menina dos olhos do mercado".
Vale a pena conferir.

Abraços