O temor de um missionário

Como obreiro no ministério missionário, sendo eu um “pastor de ovelhas”, assim como qualquer mero mortal, que também sou, tenho meus temores. Mas se posso compartilhar qual é o temor que mais me consome, é o temor pelas vidas daquelas pessoas que, mesmo ouvindo o evangelho de Cristo o qual prego, persistem em continuar rejeitando-o até que venham definitivamente perder suas almas. Temo que estas pessoas sejam entregues a uma mente reprovável e não despertem do sono da morte jamais. Temo que elas cheguem a uma dureza de coração e mente, que nada poderá romper este sono, a não ser a voz do arcanjo e da trombeta de Deus no momento final. Temo que elas se agarrem a este mundo fútil, com tanto apego que nada poderá separá-las dele, exceto a morte. Temo que elas vivam sem Cristo, morram sem perdão, ressuscitem sem esperança, recebam julgamento sem misericórdia e sejam lançados inevitavelmente no inferno, separados de Deus e da sua graça eternamente.

Por favor, me digam, quem pode me livrar deste meu temor?

Missionário Adilson

Levando Deus à sério

(Motivação para nossa vida com Deus)

“Ele (anjo) disse em alta voz: “Temam a Deus e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo”. Apocalipse 14.7a

“Temam... pois chegou a hora do seu juízo": A mensagem do evangelho estabelece a soberania de Deus e exige uma resposta das suas criaturas. No deserto da Judéia, João Batista pregou: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3.1-2). Jesus anunciou a mesma mensagem (Mt 4.17), e os apóstolos pregaram os mesmos temas (At 2.30-38; 1 Ts 2.12). Temer a Deus não significa ter medo de Deus, mas respeitá-lo como Deus e levá-lo a sério. Embora o amor seja o motivo maior para servir a Deus, um motivo que supera o medo (1 Jo 4.17-18), o medo ainda incentiva o ouvinte a se submeter a Deus (At 24.25; Hb 10.27; Tg 2.13;3.1;5.12).

“... e glorifiquem-no”: Deus merece a honra pelas grandes obras feitas diante dos homens (Sl 145.10-11). Ele pode ser glorificado de várias maneiras:

1. Confissão de pecados: quando o pecador confessa a sua injustiça, a glória e a justiça de Deus são realçadas.

2. Fé: quando a pregação do evangelho é recebida pela fé dos ouvintes, Deus é glorificado.

3. Obediência: Quando o povo de Deus lhe obedece, ele recebe a glória.

Devemos lembrar que Deus é gracioso, mas também é juiz, por isso, devemos temer a Deus levando-o à sério em nossa vida prática, não brincando de ser cristão (atitude que demonstra falta de temor e que não glorifica a Deus), ou seja, viver sem compromisso verdadeiro com a obra do Reino, mas, devemos glorificá-lo respondendo com fé e obediência ao seu amor e a sua justiça, vivendo na dependência de sua graça e não por vontade própria.

Resumindo: Não vamos brincar de ser crentes, o assunto do Reino é sério. Não vamos enrolar, mas sim, por a mão (e a vida) na massa com compromisso e amor ao Senhor, porque esta é a atitude de um crente de verdade.

Missionário Adilson